sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Viciado, eu?

As vezes faço uma fezinha na Mega-Sena, porque, como dizem, quem não arrisca não tem chance alguma, não petisca,então, vamos lá!
Cheguei à uma lotérica que contava com uma fila respeitável de 11 pessoas, eu era o 12º da fila.
Enquanto esperávamos, o atendente gritou:
_A maquina estragou, vamos ficar parados por alguns minutos...
Pensei em ir embora, mas, como estava com tempo sobrando naquele sábado a tarde...
Eis que de repente chega um homem com capacete de motoqueiro depois de mim, com um calhamaço de jogos, presos com um elástico, que no meu tempo chamávamos de (gominha). Muito educadamente, contou quantas pessoas estavam à sua frente e constatou: 13, sou o décimo terceiro, vou aproveitar que está devagar e fazer mais um joguinho...
Vai ser esse! Sorriu e disse convicto!
Apanhou um volante que estava na mesinha e foi preenchê-lo, quando percebeu que este já estava marcado com os seis números - não se importou e o integrou ao bolo de jogos que levava consigo - “Quem sabe este não vai ser o bom”, pensou...
Preencheu então outro volante: Primeiro o 13 porque sou o décimo terceiro. Me cutucou e perguntou as horas. Eu prontamente lhe disse: São 15 e 50, ou 10 para as 3.
Ele sorriu e disse: Pronto! Completei mais um cartão – 15, 50 10 e o 03, mais o 13... Esse ta no papo...
O rapaz da lotérica abre a janelinha do caixa e diz que já está tudo normal com a máquina.
O camarada que é um jogador compulsivo – eufemismo – voltou a interpelar:
Desculpe incomodá-lo, mas, como agora vai mais rápido e não vai dar tempo para pensar em outros palpites, será que o senhor poderia me dizer a sua data de nascimento?
Após fornecer todas as informações solicitadas pelo sujeito, enfim chegou a minha vez...
Tudo terminado e pago - agradeci e dei um passo rumo à porta.
senhor!
Pensei que fosse o caixa da lotérica, mas, era o nosso protagonista jogador:
Com a cara mais amarela e dominada pelo jogo que já vi, ele abusou:
Será que o senhor não poderia me emprestar o volante do seu jogo?
A minha intuição está dizendo que o premiado está na sua mão...
Percebendo a ansiedade do sujeito, disse que copiei do jogo que estava sobre o balcão – o mesmo que ele há pouco, incluíra dentre os seus jogos...
Ao sair disse a ele para tomar cuidado, para não ficar viciado...
No que ele respondeu:
Viciado, eu?

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